ATA DA SEXTA SESSÃO
EXTRAORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA
LEGISLATURA, EM 13-12-2002.
Aos treze dias do mês de
dezembro de dois mil e dois, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio
Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às nove horas e trinta
minutos, foi efetuada a chamada, sendo respondida pelos Vereadores Aldacir
Oliboni, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Cassiá Carpes,
Elói Guimarães, Estilac Xavier, Fernando Záchia, João Antônio Dib, João Carlos
Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Maristela Maffei, Paulo
Brum, Sofia Cavedon e Raul Carrion. Ainda, durante a Sessão, compareceram os
Vereadores Adeli Sell, Almerindo Filho, Antônio Hohlfeldt, Clênia Maranhão, Dr.
Goulart, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Bosco Vaz, José
Fortunati, Luiz Braz, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo e
Valdir Caetano. Constatada a existência de quorum, o Senhor Presidente declarou
abertos os trabalhos e prestou esclarecimentos sobre os trabalhos da presente
Sessão, destinada às eleições dos cargos da Mesa Diretora, das Comissões
Permanentes e da Comissão Representativa. Na oportunidade, por solicitação do
Vereador Elói Guimarães, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem
póstuma ao Senhor Orlando Villas Bôas, falecido ontem. A seguir, face Questões
de Ordem e manifestações dos Vereadores Sebastião Melo, Juarez Pinheiro,
Reginaldo Pujol e Elói Guimarães, o Senhor Presidente prestou informações acerca
de aspectos regimentais atinentes à proporcionalidade da representação de
blocos partidários a ser observada na composição da Mesa Diretora. Às nove
horas e quarenta e três minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos,
sendo retomados às dez horas e um minuto, constatada a existência de quórum.
Após, foram apregoadas as seguintes nominatas de candidatos aos cargos da Mesa
Diretora desta Casa, na forma que segue: proposta pelas Bancadas do PPB, PTB,
PSL, PC do B e PSB e assinada pelos Vereadores João Antonio Dib, Líder da
Bancada do PPB, Cassiá Carpes, Líder da Bancada do PTB, Almerindo Filho, Líder
da Bancada do PSL, Raul Carrion, Líder da Bancada do PC do B, e Carlos Alberto
Garcia, Líder da Bancada do PSB, indicando o Vereador João Antonio Dib como
candidato ao cargo de Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre e o
Vereador Elói Guimarães como candidato ao cargo de 1º Vice-Presidente deste
Legislativo; proposta pelas Bancadas dos PT e PL e assinada pelos Vereadores
Marcelo Danéris, Líder da Bancada do PT, e Valdir Caetano, Líder da Bancada do
PL, indicando o Vereador Valdir Caetano como candidato ao cargo de 2º
Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre e a Vereadora Maria Celeste
como candidata ao cargo de 1ª Secretária deste Legislativo; proposta pelas
Bancadas do PFL, PSDB, PMDB, PPS, PHS e PDT e assinada pelos Vereadores
Reginaldo Pujol, Líder da Bancada do PFL, Luiz Braz, Líder da Bancada do PSDB,
Fernando Záchia, Líder da Bancada do PMDB, Clênia Maranhão, Líder da Bancada do
PPS, Haroldo de Souza, Líder da Bancada do PHS, e Ervino Besson, Vice-Líder da
Bancada do PDT, indicando os Vereadores Reginaldo Pujol, Luiz Braz, Clênia
Maranhão, Haroldo de Souza, Sebastião Melo e Ervino Besson como candidatos,
respectivamente, aos cargos de Presidente, 1º Vice-Presidente, 2ª
Vice-Presidenta, 1º, 2º e 3º Secretários da Câmara Municipal de Porto Alegre.
Após, face Questões de Ordem formuladas pelo Vereador Sebastião Melo, o Senhor
Presidente prestou esclarecimentos sobre o processo de votação para os cargos
da Mesa Diretora e, face Questões de Ordem formuladas pelos Vereadores Juarez
Pinheiro, Elói Guimarães e Raul Carrion, o Senhor Presidente prestou
informações sobre os critérios de proporcionalidade partidária regimentalmente
previstos para a composição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Porto
Alegre. Também, face Questão de Ordem formulada pelo Vereador Marcelo Danéris,
o Senhor Presidente prestou esclarecimentos sobre os trabalhos da presente
Sessão. Ainda, o Vereador Sebastião Melo formulou Requerimento verbal, deferido
pelo Senhor Presidente, solicitando a retirada da nominata contendo a
candidatura dos Vereadores Reginaldo Pujol, Luiz Braz, Clênia Maranhão, Haroldo
de Souza, Sebastião Melo e Ervino Besson aos cargos, respectivamente, de
Presidente, 1º Vice-Presidente, 2ª Vice-Presidenta, 1º, 2º e 3º Secretários da
Câmara Municipal de Porto Alegre, tendo os Vereadores Carlos Alberto Garcia e
Reginaldo Pujol manifestado-se a respeito. Na oportunidade, o Vereador Elói
Guimarães formulou Requerimento verbal, solicitando a proclamação do
recebimento das nominatas contendo candidaturas aos cargos da Mesa Diretora
deste Legislativo. Às dez horas e oito minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às doze horas e vinte e seis
minutos, constatada a existência de quórum. Após, face Questões de Ordem
formuladas pelos Vereadores Elói Guimarães, Raul Carrion, Isaac Ainhorn, Luiz
Braz, Juarez Pinheiro, Sebastião Melo, João Antonio Dib, Carlos Alberto Garcia,
Fernando Záchia e Marcelo Danéris, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos
acerca dos trabalhos da presente Sessão. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador
Luiz Braz, apresentando avaliação sobre o processo eleitoral para os cargos da
Mesa Diretora deste Legislativo, asseverou que, no entender de Sua Excelência,
o resultado das negociações realizadas não dignificaram tal pleito. Nesse
sentido, afirmou que, a despeito do posicionamento externado, conserva
sentimentos de admiração ao Vereador João Antonio Dib, candidato à Presidência
desta Casa. O Vereador Sebastião Melo, discorrendo a respeito das negociações
que nortearam o acordo eleitoral para os cargos da Mesa Diretora desta Casa,
exibiu Termo de Acordo Político-Administrativo que, segundo Sua Excelência,
teria sido firmado pelas Bancadas com a intenção de distribuição de cargos.
Nesse sentido, perquiriu a legitimidade de tal Termo e o cumprimento do
instituto regimental que diz respeito à proporcionalidade partidária a ser
observada na composição da Mesa Diretora e nas Comissões Permanentes desta
Casa. A seguir, o Vereador Isaac Ainhorn formulou Requerimento verbal, deferido
pelo Senhor Presidente, solicitando a desconstituição do Bloco Partidário
apresentado durante a Centésima Décima Primeira Sessão Ordinária e integrado
pelas Bancadas do PSDB, PPS, PDT, PHS, PMDB e PFL, tendo o Senhor Presidente,
face Questões de Ordem e manifestações formuladas pelos Vereadores Elói
Guimarães, Raul Carrion e Juarez Pinheiro, prestado esclarecimentos sobre o
assunto. Após, o Vereador Sebastião Melo procedeu à entrega, ao Senhor
Presidente, de documento firmado por Sua Excelência e pelos Vereadores
integrantes das Bancadas do PMDB e PSDB, contendo o registro de Bloco
Partidário composto pelas referidas Bancadas, o que foi deferido pelo Senhor
Presidente. Também, o Vereador Isaac Ainhorn procedeu à entrega, ao Senhor
Presidente, de documento firmado por Sua Excelência e pelos Vereadores
integrantes das Bancadas do PDT, PFL, PPS e PHS, contendo o registro de Bloco
Partidário composto pelas referidas Bancadas, o que foi deferido pelo Senhor
Presidente. Ainda, o Vereador Elói Guimarães formulou Requerimento verbal,
deferido pelo Senhor Presidente, solicitando a desconstituição do Bloco
Partidário apresentado durante a Centésima Décima Primeira Sessão Ordinária e
integrado pelas Bancadas do PPB, PTB, PC do B, PSL e PSB, e procedeu à entrega,
ao Senhor Presidente, de documento firmado pelos Vereadores Cassiá Carpes, Raul
Carrion, Carlos Alberto Garcia e Almerindo Filho, respectivamente Líderes das
Bancadas do PTB, PC do B, PSB e PSL, contendo o registro de Bloco Partidário
composto pelas referidas Bancadas, o que foi deferido pelo Senhor Presidente, e
de documento firmado pelo Vereador Elói Guimarães e pelos Vereadores Almerindo
Filho, Raul Carrion e Carlos Alberto Garcia, respectivamente Líderes das
Bancadas do PSL, PC do B e PSB, contendo a indicação do Vereador Elói Guimarães
como candidato ao cargo de 1º Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto
Alegre. Em continuidade, o Vereador João Antonio Dib procedeu à entrega, ao
Senhor Presidente, de documento firmado por Sua Excelência, Líder da Bancada do
PPB, contendo o registro de Bloco Partidário composto pela referida Bancada, o
que foi deferido pelo Senhor Presidente. Também, o Vereador Elói Guimarães
formulou Requerimento verbal, indeferido pelo Senhor Presidente, solicitando a
proclamação do recebimento das nominatas dos candidatos aos cargos da Mesa
Diretora da Câmara Municipal de Porto Alegre. Ainda, o Vereador Sebastião Melo
formulou Requerimento verbal, solicitando a suspensão dos trabalhos da presente
Sessão. Em prosseguimento, o Vereador Beto Moesch procedeu à entrega, ao Senhor
Presidente, de documento firmado pelo Vereador João Antonio Dib, Líder da
Bancada do PPB, contendo a indicação, por parte dos Vereadores integrantes
dessa Bancada, da candidatura do Vereador João Antonio Dib ao cargo de
Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre. Na oportunidade, o Senhor
Presidente procedeu à leitura de todos os documentos apresentados durante a
presente Sessão, relativos à formação de Blocos Partidários e à apresentação de
candidaturas a cargos da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Porto Alegre.
Também, face Questões de Ordem e manifestações dos Vereadores Marcelo Danéris e
Sebastião Melo, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos sobre a composição
dos Blocos Partidários formados neste Legislativo. Após, o Vereador Sebastião
Melo formulou Requerimento verbal, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando
a desconstituição do Bloco Partidário integrado pelas Bancadas do PMDB e PSDB,
e procedeu à entrega, ao Senhor Presidente, de documento firmado por Sua
Excelência e pelos Vereadores Haroldo de Souza, Clênia Maranhão e Fernando
Záchia, respectivamente Líderes das Bancadas do PHS, PPS e PMDB, contendo o
registro de Bloco Partidário composto pelas referidas Bancadas, o que foi
deferido pelo Senhor Presidente, tendo o Vereador Elói Guimarães manifestado-se
a respeito. Também, o Vereador Isaac Ainhorn formulou Requerimento verbal,
deferido pelo Senhor Presidente, solicitando a desconstituição do Bloco
Partidário integrado pelas Bancadas do PDT, PFL, PPS e PHS, e procedeu à
entrega, ao Senhor Presidente, de documento firmado por Sua Excelência e pelos
Vereadores Reginaldo Pujol, Antonio Hohlfeldt e Luiz Braz, contendo o registro
de Bloco Partidário composto pelas referidas Bancadas, o que foi deferido pelo
Senhor Presidente. Ainda, face Questão de Ordem formulada pelo Vereador Marcelo
Danéris, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos sobre a composição dos
Blocos Partidários formados neste Legislativo. Em prosseguimento, o Vereador
Sebastião Melo procedeu à entrega, ao Senhor Presidente, de documento firmado
pelos Vereadores Fernando Záchia, Clênia Maranhão e Haroldo de Souza,
respectivamente Líderes das Bancadas do PMDB, PPS e PHS, contendo a indicação
do Vereador Sebastião Melo como candidato ao cargo de 1º Secretário da Câmara
Municipal de Porto Alegre. Também, o Vereador Isaac Ainhorn procedeu à entrega,
ao Senhor Presidente, de documento firmado por Sua Excelência, Líder da Bancada
do PDT, e pelos Vereadores Reginaldo Pujol e Luiz Braz, respectivamente Líderes
das Bancadas do PFL e PSDB, contendo as indicações dos Vereadores Ervino Besson
e Luiz Braz como candidatos aos cargos, respectivamente, de 2º e 3º Secretários
da Câmara Municipal de Porto Alegre. A seguir, constatada a existência de
quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento do Vereador Nereu
D’Avila, solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares, no dia de
hoje, tendo o Senhor Presidente declarado empossado na vereança o Suplente
Mauro Zacher, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de
Constituição e Justiça. Na ocasião, foi apregoada Declaração firmada pelo
Suplente Mario Fraga, informando seu impedimento em assumir a vereança no dia
de hoje, em substituição ao Vereador Nereu D’Avila. Após, os Vereadores
Sebastião Melo, Elói Guimarães e Juarez Pinheiro formularam Questões de Ordem
acerca dos critérios regimentais de proporcionalidade partidária a serem
observados para a composição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Porto
Alegre e o Vereador Luiz Braz formulou Requerimento verbal, solicitando
manifestação da Comissão de Constituição e Justiça com relação ao tema. Às
treze horas e trinta e um minutos, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, sendo retomados às treze horas e quarenta minutos, constatada a
existência de quórum. Em continuidade, face às Questões de Ordem anteriormente
formuladas pelos Vereadores Sebastião Melo, Elói Guimarães e Juarez Pinheiro, o
Senhor Presidente prestou esclarecimentos sobre as candidaturas e sobre o
processo de eleição para os cargos da Mesa Diretora da Câmara Municipal de
Porto Alegre. Também, face Questões de Ordem e manifestações dos Vereadores
Elói Guimarães, Juarez Pinheiro e Luiz Braz, o Senhor Presidente prestou
informações sobre os trabalhos da presente Sessão e acerca dos procedimentos a
serem adotados para a eleição dos cargos da Mesa Diretora da Câmara Municipal
de Porto Alegre. Em Votação Nominal, o Vereador João Antonio Dib foi eleito
Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre por dezenove votos SIM, doze
votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir
Oliboni, Almerindo Filho, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana,
Cassiá Carpes, Elói Guimarães, Estilac Xavier, João Antonio Dib, João Carlos
Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Maristela Maffei, Pedro
Américo Leal, Raul Carrion, Sofia Cavedon e Valdir Caetano, Não os Vereadores
Antonio Hohlfeldt, Dr. Goulart, Ervino Besson, Fernando Záchia, Haroldo de
Souza, Isaac Ainhorn, João Bosco Vaz, Luiz Braz, Paulo Brum, Reginaldo Pujol,
Sebastião Melo e Mauro Zacher e tendo optado pela Abstenção os Vereadores
Clênia Maranhão e José Fortunati. Em Votação Nominal, o Vereador Elói Guimarães
foi eleito 1º Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre por dezenove
votos SIM, doze votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, tendo votado Sim os Vereadores
Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Beto Moesch, Carlos Alberto
Garcia, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Elói Guimarães, Estilac Xavier, João
Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria
Celeste, Maristela Maffei, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Sofia Cavedon e
Valdir Caetano, Não os Vereadores Antonio Hohlfeldt, Dr. Goulart, Ervino
Besson, Fernando Záchia, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Bosco Vaz, Luiz
Braz, Paulo Brum, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo e Mauro Zacher e tendo optado
pela Abstenção os Vereadores Clênia Maranhão e José Fortunati. Em Votação
Nominal, o Vereador Valdir Caetano foi eleito 2º Vice-Presidente da Câmara
Municipal de Porto Alegre por dezenove votos SIM e quatorze votos NÃO, tendo
votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Beto
Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Elói Guimarães,
Estilac Xavier, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo
Danéris, Maria Celeste, Maristela Maffei, Pedro Américo Leal, Raul Carrion,
Sofia Cavedon e Valdir Caetano e Não os Vereadores Antonio Hohlfeldt, Clênia
Maranhão, Dr. Goulart, Ervino Besson, Fernando Záchia, Haroldo de Souza, Isaac
Ainhorn, João Bosco Vaz, José Fortunati, Luiz Braz, Paulo Brum, Reginaldo
Pujol, Sebastião Melo e Mauro Zacher. Após, face Questões de Ordem formuladas
pelos Vereadores Sebastião Melo e Juarez Pinheiro, o Senhor Presidente prestou
esclarecimentos sobre os critérios de proporcionalidade partidária a serem
observados na composição da Mesa Diretora deste Legislativo e sobre os
procedimentos a serem adotados para a eleição dos demais cargos da Mesa
Diretora, determinando que a Comissão de Constituição e Justiça se manifeste
sobre a questão. Os trabalhos estiveram suspensos das quatorze horas e dez
minutos às quinze horas e trinta e cinco minutos e das quinze horas e trinta e
seis minutos às dezoito horas e vinte e oito minutos, nos termos regimentais. A
seguir, o Vereador Elói Guimarães, Presidente da Comissão de Constituição e
Justiça, informou ter o Vereador Luiz Braz solicitado vista ao Parecer exarado
pela referida Comissão, relativo aos critérios de proporcionalidade partidária
a serem observados para a composição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de
Porto Alegre e comunicou que essa Comissão se reunirá no dia dezesseis de
dezembro do corrente, às dez horas e trinta minutos, para apreciar a matéria.
Às dezoito horas e trinta e um minutos, face à impossibilidade de conclusão das
eleições para a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Porto Alegre, em razão de
pendência de manifestação da Comissão de Constituição e Justiça, acerca dos
critérios a serem observados para a composição da Mesa Diretora deste
Legislativo, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos da presente
Sessão e da Segunda Sessão Legislativa Ordinária da Décima Terceira
Legislatura, convocando os Senhores Vereadores, nos termos do artigo 14, § 1º,
do Regimento, para a Sessão de Instalação da Quarta Sessão Legislativa
Extraordinária, destinada à conclusão das eleições para a Mesa Diretora deste
Legislativo, a ser realizada no dia dezesseis de dezembro do corrente, às
quatorze horas. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores José Fortunati e
Carlos Alberto Garcia e secretariados pelos Vereadores João Carlos Nedel e
Paulo Brum. Do que eu, João Carlos Nedel, 1º Secretário, determinei fosse
lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada por mim e pelo
Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
Bom-dia, senhoras e
senhores, estamos dando início à 6.ª Sessão Extraordinária da 2.ª Sessão
Legislativa Ordinária da XIII Legislatura.
Nesta
Sessão serão realizadas eleições de cargos da Mesa, da Comissão Representativa
e das Comissões Permanentes.
Eleição
de Cargos da Mesa. Informamos que a Mesa é eleita pela maioria absoluta dos
Vereadores, em votação nominal, cargo a cargo, para mandato de dois anos,
conforme o art. 13 do Regimento.
Informamos
também que o Vereador Suplente não poderá fazer parte da Mesa, nos termos do
art. 13, § 4.º do Regimento.
É
vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente,
conforme o art. 14, § 2.º do Regimento.
Se
necessário, a Sessão poderá ser suspensa para apresentação dos candidatos,
cargo a cargo.
(O
Ver. José Fortunati assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. ELÓI GUIMARÃES (Requerimento): Sr. Presidente, peço um minuto de
silêncio pelo falecimento de Orlando Villas Bôas, cuja biografia dispensa
qualquer sustentação.
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Esta Presidência acolhe o Requerimento de
V. Ex.ª e solicito que façamos um minuto de silêncio, em homenagem a este
grande indigenista.
(Faz-se
um minuto de silêncio.)
Repetindo
a leitura já feita pelo Ver. Carlos Alberto Garcia, informamos que o art. 13 do
Regimento da Câmara de Vereadores diz: “A Mesa é eleita pela maioria absoluta
dos Vereadores em votação nominal, cargo a cargo, para mandato de dois anos.
Vereador Suplente não poderá fazer parte da Mesa, e é vedada a recondução para
o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente.”
Como
até o momento não temos nenhum candidato inscrito...
O SR. SEBASTIÃO MELO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, ontem, após o registro
dos Blocos da Mesa, debrucei-me noite a dentro estudando o Regimento da Câmara.
E ele, lá no seu art. 13, é imperativo, quando diz que tem que respeitar a
proporcionalidade. Aí comecei a analisar que de um lado nós temos um bloco com
quatorze, e temos mais dois blocos: um com nove e temos outro com dez. E
cheguei à seguinte conclusão: ora, se temos um bloco com quatorze,
conseqüentemente, eu divido trinta e três pelo número de vagas da Mesa, eu vou
encontrar um coeficiente de 5,5, significa que o bloco de quatorze vai colocar
dois; o bloco de dez, um; o bloco de nove, um; e como calcular esta sobra? E aí
eu fui recorrer àquilo que a Legislação maior do País, que é o Código
Eleitoral, no seu art. 109, que diz textualmente o seguinte, para análise desta
Presidência: “Os lugares não preenchidos - art. 109 - com a aplicação dos
coeficientes partidários serão distribuídos mediante observância das seguintes
regras: dividir-se-á o número de votos válidos atribuídos a cada Partido pelo
número de lugares por ele obtido, mais um, cabendo ao Partido que apresentar a
maior média um dos lugares a preencher.” Ora, se eu fizer este cálculo, e eu o
fiz, e vi anunciado no jornal que os blocos que se registraram do lado de lá
dizendo que preencherão quatro vagas, não concordo com essa tese. Suscito essa
matéria à Mesa, porque entendo que o bloco que tem quatorze Vereadores tem de
ter três vagas na Mesa, como tem de ter três Comissões; razão pela qual estou,
portanto, se for nessa lógica apresentada pelos dois blocos, estou impugnando e
pedindo uma posição da Mesa.
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Questão de Ordem com o Ver. Juarez
Pinheiro.
O SR. JUAREZ PINHEIRO (Questão de Ordem):
Em nome da Bancada do
PT, queremos dizer que é absolutamente intempestiva a colocação feita pelo Ver.
Sebastião Melo, pelas seguintes razões: sequer temos agora chapas apresentadas
para concorrer, não há nenhuma situação concreta, ninguém apresentou. Não foi
procedida eleição. Se procedida eleição, e algum Vereador entender que a
proporcionalidade não foi respeitada, caberá a ele, feita a eleição, impugnar
judicialmente até, se for o caso. Não há situação concreta, esse diz-que-diz que
ele fala não é do mundo jurídico, ou seja, tem três Blocos, e o Presidente
recebeu ontem a sua constituição, e agora serão apresentadas as chapas. As
eleições são feitas cargo a cargo; se, feitas as eleições, terminadas as
eleições, algum Vereador entender que a proporcionalidade não foi respeitada,
logicamente que caberá a ele se insurgir contra essa decisão.
Portanto,
não temos chapas, não temos ainda eleições. Por essa razão, é absolutamente
intempestiva a Questão de Ordem. É essa a nossa colocação. E, se terminada a
eleição, algum Vereador ou até a Mesa, de ofício, verificar que não foi
respeitada a proporcionalidade, então, sim, os procedimentos poderão ser
tomados. Sendo assim, requeremos que, de imediato, sejam apresentadas as chapas
e efetuadas as eleições. Obrigado.
O SR. REGINALDO PUJOL (Questão de Ordem): Com o maior respeito às ponderações do
Ver. Juarez Pinheiro, não vejo intempestividade na Questão de Ordem levantada
pelo Ver. Sebastião Melo. O que pode ser entendido até como uma postura cautelar
diante da situação que se desenha aqui na Casa. Obviamente que estamos
precautando determinadas situações que podem ser criadas. Entendemos mais
conveniente que se definam as regras com mais clareza, precisão e antecipação,
evitando futuras impugnações, futuros procedimentos que podem colocar em risco
a decisão da Casa, do que simplesmente partirmos açodadamente para uma votação,
quando, pelo inusitado da condição de três blocos distintos na Casa, teremos
certamente que definir a questão da proporcionalidade, no que diz respeito às
vagas não-preenchentes pelo cociente partidário ou dos blocos que se
estabeleceram em função da constituição dos três blocos. Era isso, Sr.
Presidente.
O SR. ELÓI GUIMARÃES (Questão de Ordem): Sr. Presidente, a consulta é em tese,
tantas consultas poderiam ser feitas em tese diante de uma especulação
jornalística. Então, nós precisamos um fato concreto para, aí sim, termos
direcionada a matéria em termos regimentais. Eu poderia aqui formular dez
questões em tese a V. Ex.ª e estaria tumultuado o processo específico, o
processo eleitoral. Nós precisamos ter o fato concreto, definido, porque é
especulação de jornal! Sou grato a V. Ex.ª.
O SR. SEBASTIÃO MELO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, com o maior respeito às
teses levantadas pelos nossos colegas, mas o nosso Regimento é claro. Eu tenho
de respeitar a questão da proporcionalidade. Agora, se isso não for definido
antes do estabelecimento da eleição, então vou preencher os seis cargos apenas
com um bloco? Não. Então, por isso eu tenho que definir agora, porque senão vou
fazer a eleição e vou eleger uma maioria, de uma maioria eventual que acontece.
Se fosse assim, evidentemente, um bloco poderia eleger os seis nomes. Não. A
Mesa tem de respeitar a proporcionalidade. É o que diz o Regimento; não sou eu
que estou dizendo. Portanto, essa matéria tem de ser, na minha avaliação,
clareada, antes de entrarmos no processo de eleição.
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Ver. Sebastião Melo, para responder a sua
Questão de Ordem, obviamente, podemos levar em consideração uma pendenga sobre
a melhor compreensão de como se deve traduzir a proporcionalidade, mas, por
enquanto, esta Mesa não tem como aferir isso, enquanto os nomes não forem
apresentados. Se por ventura, a partir da apresentação dos nomes, esta
Presidência entender que isso coloca em xeque as teses apresentadas, aí esta
Presidência irá se posicionar. Por isso, suspendo os trabalhos, como previsto
no Regimento, para recebermos a apresentação dos nomes.
(Suspendem-se
os trabalhos às 9h43min.)
Recebemos
três chapas. A primeira chapa: (Lê.)
“Em conformidade com o
Regimento Interno, os Vereadores do Bloco PPB, PTB, PSL, PC do B e PSB indicam
para os cargos de Presidente da Mesa Diretora o Ver. João Antonio Dib, e, para
o cargo de 1.º Vice-Presidente, o Ver. Elói Guimarães, para os exercícios de
2003/2004.” Assinam os Vereadores João Antonio Dib, Líder da Bancada do PPB;
Ver. Cassiá Carpes, Líder da Bancada do PTB; Ver. Almerindo Filho, Líder da
Bancada do PSL; Ver. Raul Carrion, Líder da Bancada do PC do B; Ver. Carlos
Alberto Garcia, Líder da Bancada do PSB.
Segunda
chapa: (Lê.)
“Em
conformidade com o Regimento Interno, os Vereadores do Bloco PT e PL indicam,
para os cargos de 2.º Vice-Presidente da Mesa, o Ver. Valdir Caetano, e, para o
cargo de 1.ª Secretária, a Ver.ª Maria Celeste, para os exercícios de
2003/2004.” Assinam os Ver. Marcelo Danéris, Líder da Bancada do PT, e Ver.
Valdir Caetano, Líder da Bancada do PL.
Terceira
chapa: (Lê.)
“Os
Vereadores, abaixo assinados, representantes do Bloco de Oposição, apresentam
os seguintes nomes para a composição da Mesa Diretora para o biênio 2003/2004.
Presidente:
Ver. Reginaldo Pujol;
1.º
Vice-Presidente: Ver. Luiz Braz;
2.ª
Vice-Presidenta: Ver.ª Clênia Maranhão;
1.º
Secretário: Ver. Haroldo de Souza;
2.º
Secretário: Ver. Sebastião Melo;
3.º
Secretário: Ver. Ervino Besson.”
Estas
são as três chapas apresentadas para a Mesa Diretora.
O SR. SEBASTIÃO MELO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, volto à tona com a
matéria já levantada. Observei que, no registro de uma das chapas, o Ver. João
Dib e o Ver. Elói Guimarães pertencem ao mesmo bloco registrado na Mesa.
Portanto, no meu entendimento, não cabe a segunda vaga a este bloco. Assim, não
é mais discussão em tese, pois há materialidade, há fato. Portanto, volto a
levantar a questão.
Gostaria
de salientar, também, que a eleição é cargo a cargo. Então, a pergunta que se
faz é a seguinte: apresentam-se chapas ou vota-se cargo a cargo?
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Apresentam-se chapas, e depois vota-se
cargo a cargo.
O SR. JUAREZ PINHEIRO (Questão de Ordem):
Sr. Presidente, Ver.
José Fortunati, estamos em um momento especial desta Casa, e tenho sido alguém
que, mais do qualquer Vereador, tem elogiado V. Ex.ª, sob o ponto de vista da
sua correção na condução dos trabalho, e não retiro uma palavra, mesmo que V.
Ex.ª agora se posicione contra mim.
Mas
a tese que eu argumentei com V. Ex.ª se confirmou neste momento.
Nós
temos de observar o princípio da proporcionalidade. Jamais quem dá causa pode
alegar o vício. Por exemplo, o bloco que tem quatorze Vereadores apresentou uma
chapa com seis Vereadores, seis cargos. E nós não a impugnamos pelo seguinte
fato, Sr. Presidente: nós vamos agora à eleição e pode ser que não sejam
eleitos seis membros daquela chapa e, por esse motivo, não poderíamos alegar a
ilegalidade.
Veja
bem: nós apresentamos dois, cada bloco apresentou dois, e podemos eleger ou não
esses dois apresentados.
Então,
a tese é esta: há o princípio da proporcionalidade, como V. Ex.ª já disse, que
deve ser respeitado. Feita a eleição, vamos verificar se o princípio da
proporcionalidade foi ou não desrespeitado.
Então,
reforço, a tese do Ver. Sebastião Melo foi completamente por água abaixo,
porque ele mesmo, que tem quatorze Vereadores, apresentou uma chapa com seis
membros, mas nós não a impugnamos porque aqueles membros podem não ser eleitos.
Então,
nós requeremos, Sr. Presidente, que, de forma judiciosa, como V. Ex.ª sempre
presidiu os trabalhos, seja procedida a eleição. Se V. Ex.ª, posteriormente,
entender que a proporcionalidade não foi respeitada, ou qualquer outro
Vereador, isso poderá ser levantado.
Mas a tese e a chapa do
bloco de quatorze Vereadores reafirma o que nós dissemos, ou seja, é tese,
apenas, as chapas podem ser apresentadas após a eleição. Jamais poderemos
antecipar o resultado da eleição, que ninguém sabe qual vai ser.
Agradeço,
Sr. Presidente.
O SR. ELÓI GUIMARÃES (Questão de Ordem): Sr. Presidente, a apresentação da chapa
de oposição, apresentada pelo Ver. Sebastião Melo, colocando para a Mesa seis
nomes, ela derruba em concreto a tese sustentada inicialmente pelo Ver.
Sebastião Melo na formulação das candidaturas.
Portanto,
só em concreto a eleição será capaz de criar, de estabelecer, concretamente, se
está observada ou não a proporcionalidade.
O SR. RAUL CARRION (Questão de Ordem): Ex.mo Sr. Presidente, José
Fortunati, eu gostaria de ir na mesma linha de raciocínio dos que me
antecederam, que a proporcionalidade nas chapas não é exigida. Tanto que, o
bloco da oposição, com quatorze, menos de metade da Câmara, fez uma chapa 100%.
Mas
por que isso não leva à impugnação e por que isso não é problema? Porque eu,
por exemplo, vou votar em candidatos da minha chapa, vou votar em candidatos da
outra chapa, vou votar em candidatos da outra chapa e vou votar em candidatos
dele. Então, o que decide é o resultado da eleição. Se a eleição não respeitar
a proporcionalidade, a parte que se sente prejudicada irá tratar da maneira de
resolver. Mas as chapas podem ser 100%, o que decide é o voto. Portanto,
devemos ir para o voto. Muito obrigado.
O SR. MARCELO DANÉRIS (Questão de Ordem):
Sr. Presidente, consulto
V. Ex.ª se, encerrada a suspensão para apresentação de chapas, está encerrado o
período de apresentação de chapas.
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Não, não está encerrado ainda, mas
podemos encerrar. Estão apregoadas as chapas que foram apresentadas.
O SR. SEBASTIÃO MELO (Requerimento): Sr. Presidente, consultando o bloco de
oposição, nós vamos retirar a nossa chapa.
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): É um direito. Nós não finalizamos ainda a
apresentação das chapas; é um direito de qualquer Vereador, de qualquer bloco,
retirar as chapas apresentadas.
O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Mesmo depois de apregoada, Presidente?
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Mesmo depois de apregoada. Não há nenhum
problema. Podemos retirar projetos, como podemos retirar chapas, não há
problema.
O SR. ELÓI GUIMARÃES (Requerimento): Eu acho que é um direito irrecusável da
chapa de oposição retirar a sua chapa. Eu requeiro a V. Ex.ª que proclame o
recebimento das chapas para que se passe à fase seguinte.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, está mantida a retirada
da chapa. Solicitamos cinco minutos a V. Ex.ª, para apresentarmos uma nova
chapa.
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Estão suspensos os trabalhos para que o
bloco de oposição possa apresentar uma nova chapa.
(Suspendem-se
os trabalhos às 10h08min.)
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati – às
12h26min): Estão
reabertos os trabalhos da presente Sessão Extraordinária.
De
imediato, está com a palavra o Líder do Partido da Frente Liberal para uma
Comunicação de Líder. (Pausa.) Ou melhor, do PSDB. Foi um ato falho. O Ver.
Luiz Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ELÓI GUIMARÃES (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu quero uma Questão de
Ordem e pondero que os atos jurídicos estão restritos às normas estabelecidas.
Quando o Regimento cede a um procedimento, ou ao acordado para esta eleição,
temos que ficar rigorosamente presos a essas regras. Já se iniciou este
processo, este procedimento, e já estávamos na fase de apresentação de chapas;
e, lá na frente, diz clara e “solarmente” que as Lideranças, veja V. Ex.ª, se
farão aqui. Pronunciamento final do Presidente, declarando encerrados os
trabalhos da 2.ª Sessão Legislativa Ordinária, e convocando os Vereadores
integrantes da 2.ª Comissão Representativa para a 3.ª Reunião Ordinária a ser
realizada no dia tal e tal. Bem, o Presidente encerra. Imediatamente antes do
encerramento do Presidente é o pronunciamento das Lideranças. Logo requeiro a
V. Ex.ª que não ceda tempo agora à Liderança para não tumultuar e não ferir
esse Regimento, enfim, essas normas que foram adotadas para o procedimento. Do
contrário, Sr. Presidente, o processo entra em uma situação anárquica.
Então,
o Requerimento que faço a V. Ex.ª é que só defira Liderança conforme
estabelecem normas baixadas por V. Ex.ª.
O SR. RAUL CARRION (Questão de Ordem): Ex.mo Sr. Ver. José Fortunati,
Presidente desta Casa, eu gostaria de chamar a atenção de que esta Sessão, na
minha opinião, só tem um objetivo claro que é a eleição. Portanto, só existe
uma verificação de quórum prevista em toda a agenda aqui trazida. E essa
verificação de quórum já se deu, já adentramos na Ordem do Dia, já foi
interrompida a Sessão, conforme está indicado no ponto um, “eleição de cargos
da diretoria”, “se necessário a Sessão poderá ser suspensa para a apresentação
dos candidatos a cada cargo”. Ou seja: já estamos em processo da Ordem do Dia
da eleição desta Mesa. Portanto, não cabe nesse momento conceder Liderança. E o
quórum já foi verificado, existia, não existe previsão antes onde diz “eleição
do cargo da Mesa”, nenhuma verificação de quórum, porque já é uma Sessão para a
eleição da Mesa, assim chamada, e a agenda indica claramente. Portanto, durante
a Ordem do Dia não existem mais pronunciamentos de Liderança, e já estamos na
inscrição de chapas. Que siga o processo de eleição da nossa Mesa. Muito
obrigado.
O SR. ISAAC AINHORN (Questão de Ordem): Sr. Presidente. Contraditando as
manifestações anteriores, primeiramente é uma Sessão Extraordinária de uma
Sessão Legislativa Ordinária. Conseqüentemente, ao abrir os trabalhos, é
natural que a primeira iniciativa de quem preside os trabalhos na condição de
Presidente seja exatamente fazer a verificação de quórum. Portanto, improcede,
na nossa opinião, da Bancada do PDT, esse encaminhamento.
Em
segundo lugar, Sr. Presidente, isso aqui é o roteiro que, evidentemente, pode,
desde que observadas as normas que orientam e são trazidas pelo Regimento... V.
Ex.ª tem o livre arbítrio e o critério de entender qual a metodologia, na
condição de Presidente da Casa, deve ser empregada, em função até das
peculiaridades deste processo que se instalou aqui. Muito obrigado.
O SR. LUIZ BRAZ (Questão de Ordem): Sr. Presidente, esta é uma Sessão
Extraordinária e deve ter o mesmo rito das Sessões Ordinárias e deve ser regida
pelo Regimento da Casa. De acordo com o nosso Regimento, as Lideranças podem se
manifestar a qualquer momento da Sessão, menos durante a Ordem do Dia. Como nós
não entramos ainda no período da Ordem do Dia, como a Sessão está sendo aberta,
a qualquer Líder de Bancada que quiser pedir a palavra V. Ex.ª não poderá
negá-la, porque temos que nos reger pelo nosso Regimento. Nenhum Vereador da
Casa, nem V. Ex.ª poderia alterar o Regimento, a não ser que houvesse um acordo
geral na Casa, e, nesse caso dos acordos, realmente o Regimento começa a ficar
em segundo plano. Mas, agora, não, agora é o Regimento que manda.
O SR. ELÓI GUIMARÃES (Questão de Ordem): O Ver. Luiz Braz respondeu em partes à
Questão de Ordem do Ver. Isaac Ainhorn, que falou em Sessão Ordinária. O Ver.
Luiz Braz diz que não se trata de uma Sessão Ordinária, e sim Extraordinária,
no que está certo. Só que se trata de uma Sessão específica, convocada para os
termos estabelecidos na forma do Regimento para este processo, para o processo
eleitoral.
O SR. JUAREZ PINHEIRO (Questão de Ordem):
Meu caro Presidente,
Ver. José Fortunati, este regramento dado, que V. Ex.ª já nele adentrou
presidindo a Sessão, é em conformidade com o Regimento. Naturalmente as nossas
Sessões Ordinárias também são regradas pelo Regimento, começando pela Pauta,
depois, se for o caso, Comunicação, ou não, e é possível alterar, e V. Ex.ª
sempre tem dito isso no Plenário: “Só altero isso com a concordância de todas
as Lideranças.” V. Ex.ª procedeu todo o ano assim. Então, quero requerer que V.
Ex.ª mantenha este comportamento, que acho que foi um comportamento à altura
deste Parlamento, talvez como nunca houve.
Em
segundo lugar, Sr. Presidente, se alterássemos, neste caso, a ordem, iríamos
impedir que, após a eleição, as Lideranças se manifestassem, porque não existe
a Comunicação dupla de Liderança.
Então,
por esses dois argumentos, requeiro a V. Ex.ª que seja mantida essa ordem dos
trabalhos, já que não há consenso de alteração, e isso é dado pelo próprio
Regimento.
O SR. SEBASTIÃO MELO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu acho que é muito
simples esta questão: as Bancadas têm a sua autonomia. Dentro da Sessão
Ordinária o tempo de Liderança pode ser usado a qualquer hora, se a Bancada
quiser...
(Aparte
anti-regimental.)
Não,
antes de entrar na Ordem do Dia, Vereador. Eu estou consultando a Mesa e não a
V. Ex.ª. Por favor, tá? O Senhor não faz parte da Mesa, tá? Então, vejam o
seguinte: se tem alguma Bancada que queira usar o tempo, agora, que o use. As
outras que quiserem usá-lo após o processo eleitoral que o usem. Agora, isso
está no Regimento, portanto é uma faculdade que a Bancada tem e não é nem
disponibilidade da Mesa. Então, eu queria reforçar a tese do Ver. Luiz Braz,
que foi muito bem colocada e, evidentemente, na nossa avaliação, pode ser usada
agora como pode ser usada depois. Muito obrigado.
O SR. ELÓI GUIMARÃES (Questão de Ordem): Sr. Presidente, o Ver. Sebastião Melo
tenta sustentar um cerceamento no uso da Liderança. Não é o caso aqui. Só que a
Liderança, na forma do regramento estabelecido para esta Sessão, se dá na forma
do regramento. É exatamente imediatamente antes da fala do Sr. Presidente, no
encerramento dos trabalhos. É disposição literal que o ferimento - que não
acredito que, evidentemente, será ferido esse dispositivo – compromete a
regularidade do processo.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Questão de
Ordem): Sr. Presidente,
eu penso que deveria ficar sentado na minha tribuna e continuar aguardando os
acontecimentos, observando o que se observa aqui e aprendendo, é claro, com
tudo o que ocorre.
Mas,
Sr. Presidente, há algumas coisas em que a simplicidade não pode ser esquecida
e o simples sempre é mais perfeito do que as complicações que se possam causar.
V. Ex.ª abriu a Sessão, dizendo: “O Sr. Presidente informa” – isso é o que está
aqui – “que se iniciará o processo de votação para o processo de eleição de
cargos da Mesa.” O processo está iniciado, e, se está iniciado o processo, Sr.
Presidente, não cabe Comunicação de Liderança e eu não queria chegar a esse
ponto de vir a este microfone para dizer isso. Sr. Presidente, o processo está
iniciado, V. Ex.ª deve dar-lhe continuidade. Saúde e paz!
O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA (Questão de
Ordem): Sr. Presidente,
nós inclusive abrimos a Sessão com a verificação de quórum, inclusive fizemos
questão de registrar que tínhamos dezessete Vereadores e passei, de imediato, a
ler exatamente isso que o Ver. João Antonio Dib leu agora, ou seja: “eleição de
cargo de Mesa”. “O Sr. Presidente informa ao Plenário que se iniciará o
processo de eleição de cargos da Mesa.” Conforme o art. 13, do Regimento: “A
Mesa é eleita pela maioria absoluta dos Vereadores, em votação nominal, cargo a
cargo, para um mandato de dois anos.” Art. 13, parágrafo 4.º, do Regimento:
“Vereador-suplente não poderá fazer parte da Mesa.” “É vedada a recondução para
o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente”, art. 14, parágrafo 2.º.
“Se necessário, a Sessão poderá ser suspensa para a apresentação dos candidatos
cargo a cargo. Após a indicação dos candidatos, os Vereadores serão chamados
nominalmente para que indiquem o nome escolhido para cada cargo. Será realizado
um processo de votação para cada cargo.”
Então,
o “espelho” não fala sobre a questão das Lideranças, no final. Não é
excludente, mas nós estamos, essencialmente, no processo de votação.
O SR. SEBASTIÃO MELO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, primeiro quero
contraditar e dizer que nós não iniciamos o processo de votação, e vou-me
remeter a uma questão maior. Quando se vota um Projeto nesta Casa, discute-se o
Projeto, encerra-se o processo de discussão e entra-se no processo de votação.
Nós não entramos no processo de votação, tanto é verdade que foi aceita a
retirada de uma chapa que o bloco da oposição havia inscrito. Portanto, nós
estamos em pleno processo de discussão sobre a matéria. Poderemos e vamos
entrar no processo de votação. Portanto, não concordo com a tese aqui levantada
pelos meus... Se não tem chapa na Mesa, como é que estamos em processo de
votação?
O SR. ELÓI GUIMARÃES (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu gostaria de ter a
atenção do Ver. Sebastião Melo. A colocação de V. Ex.ª teria fundamento se não
estivesse sido disposto nos regramentos que estabelecem, que normatizam o ato a
que nós estamos procedendo. Como está disposto que as Lideranças se
pronunciarão imediatamente antes do Presidente, não há como, ou a menos que se
queira rasgar o Regimento estabelecido para este ato.
O SR. FERNANDO ZÁCHIA (Questão de Ordem):
Sr. Presidente, só para
dirimir uma dúvida, eu pergunto a V. Ex.ª: nesta Sessão, evidentemente com
caráter especial, diferenciado, se nós registramos a nossa presença uma única
vez, nós ingressamos direto, em tese, na Ordem do Dia? Eu penso que primeiro se
registra a presença, se lêem as Atas, como devidamente foi feito. Eu não posso
registrar direto na Ordem do Dia para depois ler e votar a Ata. É essa a dúvida
que eu tenho. Se nós tivéssemos ingressado na Ordem do Dia, este Vereador, que
está desde o início, teria que ter registrado a sua presença no painel
eletrônico duas vezes: para abrir a Sessão e para ingressar no processo de
votação.
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Esta Presidência vai decidir a Questão de
Ordem. Esta Presidência tem muito claro que, quando se abre a Sessão, seja ela
Ordinária ou Extraordinária, compete ao Presidente verificar o quórum para que
a Sessão possa ser aberta. Caso não tenhamos quórum, a Sessão não é aberta, e é
aberta quinze minutos após. Quando o Ver. Carlos Alberto Garcia esteve nesta
presidência, solicitou exatamente a verificação de quórum para que pudéssemos
abrir a Sessão. É isso que foi feito. Segundo aspecto: o fato de ter lido uma
orientação constante no Regimento não significa início de votação, de forma
alguma, porque, caso contrário, estaríamos atropelando todo o processo. Tem que
ser dito claramente: “Vamos iniciar o processo de votação.” E, aí, solicitar a
verificação de quórum específica para tanto.
Terceiro:
estamos em Sessão Extraordinária - e este é o teor desta Sessão - e os Srs.
Líderes podem utilizar da palavra antes ou depois da Ordem do Dia. O que
consta, naturalmente, aqui, é simplesmente uma orientação para que as
Lideranças, ao final, como tem sido feito historicamente, como tem sido uma
questão de praxe, utilizem a palavra, cumprimentando a nova Mesa Diretora. Mas
nós não podemos obrigar os Srs. Líderes a utilizarem isso, anteriormente à
própria Ordem do Dia. Por isso, a questão está decidida: os Srs. Líderes que
queiram utilizar da palavra neste momento, poderão utilizar.
O SR. MARCELO DANÉRIS: Sr. Presidente, quem usar a Liderança
neste momento, portanto, não a usa no final?
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Exatamente. O Ver. Luiz Braz está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sr.ªs
Vereadoras, senhoras e senhores, Ver. João Antonio Dib, eu sou um Vereador há
vinte anos aqui nesta Casa e posso lhe dizer que V. Ex.ª me merece o maior
respeito e admiração, e eu não teria nenhum tipo de problema para referendar o
seu nome para chegar à presidência desta Casa.
Eu
fui Presidente desta Casa duas vezes. E eu chamo como testemunhas todas as
estruturas que formam esta Casa para que elas possam afirmar que todas as vezes
em que presidimos esta Casa nós procuramos buscar, na qualificação das pessoas,
na qualificação dos quadros, a forma melhor para administrarmos os destinos
deste Legislativo. Eu desafio uma pessoa sequer que possa vir aqui e
testemunhar o contrário.
O
que eu vi nesse processo, Ver. João Antonio Dib, por toda a história de V. Ex,ª
por tudo aquilo que V. Ex.ª representa na política no Rio Grande do Sul, eu
posso afirmar que o que aconteceu não está à altura de referendar um processo
que o leva à Presidência desta Casa. O que houve foi, na verdade, um grande
mercado. Eu vi pessoas sendo compradas; eu vi pessoas estabelecendo o seu voto
pelos cargos que estavam recebendo. Não foi um acordo político, não foi um
acordo à altura desta Casa; não foi um acordo à altura das tradições deste
Legislativo. Quem ganhou mais, quem não ganhou nada... Olha, se eu ganho, eu
voto; se eu não ganho, eu não voto... E eu estou dizendo: eu não tenho nenhum
problema de votar no Ver. João Antonio Dib, em momento nenhum, para ocupar
qualquer cargo neste Município - não é nem neste Legislativo: neste Município.
Mas o processo que ocorreu não dignificou esta eleição, infelizmente. O
processo poderia ter transcorrido de uma forma bem melhor, para que nós
pudéssemos ter dois anos consecutivos, agora, de mandatos legislativos, com
capacidade de fazer com que este Legislativo estivesse à altura da
representação que todos nós exercemos aqui. Nós somos responsáveis pelo destino
de toda uma população, de toda essa sociedade. Nós temos aqui que apresentar as
respostas. E o que eu ouvi durante todo o tempo - e digo a V. Ex.ª, Ver. João
Antonio Dib, que eu não participei de nenhuma das negociações -, eu estive
conversando com pessoas, mas aqui os Vereadores são testemunhas de que eu
jamais reivindiquei qualquer tipo de cargo. Eu jamais reivindiquei qualquer
tipo de benefício para participar dessa ou daquela chapa. Chamei uma vez o Ver.
João Antonio Dib e disse a ele que seria melhor se pudéssemos fazer uma
conversação global, para quem sabe fazermos um acordo global. Assim como também
me aproximei do Ver. Reginaldo Pujol para que nós pudéssemos fazer um acordo
global. Agora, o que eu vi, Ver. João Antonio Dib, foi assim: “Se eu ganho
cargo, eu voto nessa chapa; se eu não ganho cargo, eu não voto. Se eu tenho
aqui Diretorias eu voto, se eu não tenho, eu não voto.”
Uma
eleição não pode ser decidida assim, ainda mais uma eleição de um Legislativo
como este, porque, afinal de contas, V. Ex.ª, Ver. João Antonio Dib, vai ganhar
uma incumbência que eu sei que V. Ex.ª está à altura dela, porque, afinal de
contas, já foi Prefeito desta Cidade e vai ter toda a capacidade e a
competência para presidir este Legislativo. Mas V. Ex.ª, para presidir este
Legislativo, eu sei que teve de dar uma esmola para cada santo. E me provem o
contrário, que eu vou mostrar aqui o acordo que foi feito - nós temos a cópia -
para que todos possam ver que a coisa aconteceu exatamente assim: nada
diferente do que eu estou dizendo!
Ninguém
discutiu se esta Casa deveria ou não ter qualidade ou ter capacidade para poder
prosseguir os seus trabalhos! Todo o mundo discutiu simplesmente: “O que eu vou
ganhar; quanto é que vai me tocar?”.
Eu
sei que, no passado, esta Bancada que está aqui à minha frente, que é a Bancada
do PT, acusava todos os outros segmentos de serem fisiológicos. “Ah! Eles fazem
porque eles querem ganhar cargos, porque, afinal de contas, é importante o
cargo para eles.” E agora? O que vão dizer? Qual é o discurso que vão fazer? Ou
vão mentir aqui nesta tribuna? Isso é o que eu quero ouvir!
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra
para uma Comunicação de Líder, em nome do Partido do Movimento Democrático
Brasileiro - PMDB.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, José Fortunati, colegas
Vereadores e colegas Vereadoras, o que nos estamos fazendo aqui hoje, o que se
está fazendo aqui hoje não é política. Não é política!
Eu
acho que, quando se disputa uma Mesa Diretora de uma Casa, tem de se disputar
em cima de uma proposta clara daquilo que se pretende fazer em favor da
população.
Eu
gostaria muito de chegar aqui a esta tribuna, Ver. Isaac Ainhorn, e poder ler
os propósitos que vão nortear a bancada governista. Mas, lamentavelmente, não
encontrei nada filosófico. Mas eu encontro aqui, num quadro devidamente
resumido, dividindo até as FGs da Casa. Até as Funções Gratificadas! Portanto,
isso tinha de ser, em vez de termo de acordo político-administrativo, termo de
acordo fisiológico-administrativo.
Eu quero remeter a uma questão maior. O povo
de Porto Alegre, quando, lá em 2000, manteve a Frente Popular na Prefeitura de
Porto Alegre e concedeu a esta Casa vinte e dois Vereadores de oposição, disse
claramente que queria uma fiscalização não raivosa, mas qualificada,
aprofundada, e foi esse o recado que o povo de Porto Alegre nos deu, foi isso que
o povo nos apontou, Ver. Luiz Braz, dizendo: “O comando dessa Casa, respeitando
a proporcionalidade, tem de ser o contraponto do sistema democrático para fazer
a boa fiscalização.” Pois agora estão entregando, por esse acordo, o último ano
para o Partido do Governo. Isso tem-se de deixar aqui sublinhado, porque vai-se
suceder aqui, amanhã ou depois, dizendo: “Eu sou oposição. Sou oposição!” Não.
Há um bloco aqui que se constituiu não em um bloco administrativo. Isso tem de
ficar sublinhado.
Quero
aqui dizer que não vou entrar no campo pessoal, porque todos os Vereadores
merecem de mim o respeito, especialmente o Ver. João Dib pela sua história.
Portanto, ao Ver. João Dib o aplauso, o carinho e o respeito. A questão não é
pessoal. As minhas posições são políticas. E eu sou oposição, e o povo nos
levou nessa direção, Ver. Haroldo de Souza. Mas aí vendeu-se aos quatro cantos
desta Casa, primeiro fazendo acordo administrativo em Casa Legislativa. Mas o
que é isso, minha gente?! Aqui se faz acordo político!
Segundo,
tentaram vender, neste último mês, que é um grande acordo a favor da população.
Onde está o documento que embasa isso aqui? Eu só vejo aqui divisão de cargos!
Acredito que isso não deveria constar nem como anexo, em nome de tudo aquilo
que a bancada governista sustenta aqui nesta tribuna. Porque, para o PT, os
cargos não são importantes. Para eles o importante é a ideologia! Mas o que
está acontecendo, depois de nomear o tucano mais novo para o Banco Central? Mas
o Governo já “tucanou”? Nomeou agora o Sr. Meirelles, representante do Banco de
Boston, Presidente do Banco Central. Então, tudo é possível!
Por
isso, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, nós queremos frisar mais uma vez: a
nossa questão não é pessoal, a nossa questão é política, e, sem dúvida alguma,
eu acho que o povo de Porto Alegre delegou a maioria desta Casa como oposição
para que ela fizesse isso de forma respeitosa e um contraponto da Prefeitura,
mas lamentavelmente não é isso que estamos assistindo e não é isso que vai
acontecer após a formação desses blocos da área governista.
Portanto,
queria deixar a nossa manifestação e dizer que - e disse isso aqui várias
vezes, portanto não estou dizendo pela primeira vez - gostaria, sim, de ter
participado de um debate onde se discutisse a autonomia do Legislativo, onde se
discutisse, num fórum democrático, tantas outras ações para este Legislativo.
Mas, lamentavelmente o caminho não foi esse. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Para não deixar qualquer dúvida sobre a
primeira verificação de quórum feita pelo Ver. Carlos Alberto Garcia, esta
Presidência solicitou as notas taquigráficas e a sua decodificação. Está muito
claro: “Relatório de verificação de presença. Verificação de presença no dia 13
de dezembro de 2002, 9h35min, 6.ª Sessão Extraordinária de 13 de dezembro de
2002, primeira chamada, abertura dos trabalhos, horário do encerramento:
9h35min50seg.” Acredito que isso coloca por terra qualquer outra contestação.
Está muito claro. Também está, obviamente, como sempre esteve, à disposição das
Sr.ªs e Srs. Vereadores o que o próprio Ver. Carlos Alberto Garcia
coloca no início da Sessão, dizendo o que iria ser tratado durante a Sessão. O
mesmo que, certamente, em qualquer Sessão Extraordinária, nós faríamos,
anunciando qual seria a matéria. Está à disposição de todas as Sr.ªs
e Srs. Vereadores o material que foi cabalmente distribuído.
O SR. ISAAC AINHORN (Requerimento): Sr. Presidente, eu gostaria de, na forma
do Regimento, requerer, tendo em vista uma nova reacomodação de blocos
interpartidários dentro desta Casa, reconsiderar o bloco que ontem, na condição
de Líder do PDT, entreguei à Mesa desta Casa, e que nos devolvesse o documento,
retirando aquela formulação do bloco da oposição.
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): V. Ex.ª será atendido, assim que a Mesa
receber da Diretoria Legislativa.
O SR. ELÓI GUIMARÃES (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu penso que não entendi
bem, o Ver. Isaac Ainhorn pediu a retirada da chapa ou está pedindo a retirada
do bloco?
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Do bloco, exatamente. Não há nada no
Regimento que não permita a apresentação de blocos a qualquer momento da Sessão
Legislativa, antes do início do processo de votação.
O SR. RAUL CARRION: Mas é um escândalo!
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Por favor, Ver. Raul
Carrion, comporte-se! Peça a
palavra e esta Presidência lhe dará. Use a palavra quando esta Presidência
destinar a palavra.
O SR. ELÓI GUIMARÃES (Questão de Ordem): Nós temos que ter calma, tranqüilidade e
fraternidade aqui. Eu pondero a V. Ex.ª que os blocos foram apresentados na
data de ontem. O processo está instalado e cumpre as suas etapas. Retirar a
chapa, muito bem, pode ser alterado; agora, retirar a constituição do bloco, em
funcionamento o processo que está produzindo atos, é absolutamente difícil de
entender. Por isso a minha ponderação e Questão de Ordem para que V. Ex.ª não
defira o Requerimento.
O SR. ISAAC AINHORN (Questão de Ordem): Sr. Presidente, a constituição de um
bloco é uma declaração de várias vontades convergentes. No momento em que há
uma nova visão, e todas as pessoas têm o livre arbítrio de deliberar - e não há
nenhuma vedação legal nesse sentido -, nós podemos ingressar com tantos blocos
quantos entendermos válidos e retirarmos tantos quantos possam existir, até que
se constitua, definitivamente, o processo, daí sim.
O SR. JUAREZ PINHEIRO (Questão de Ordem):
Sr. Presidente, quando
V. Ex.ª dizia que estava claro para todos, tendo em vista ter lido as notas
taquigráficas, eu fiz a V. Ex.ª, de forma respeitosa, um sinal de que não
concordava. E dizia isso, Presidente, porque nós não estávamos, se fizermos uma
analogia a uma Sessão Ordinária, num processo de votação, mas já havíamos
ingressado, tendo em vista a característica desta Sessão, no período que seria
da Ordem do Dia; por isso que não caberia, por isso que eu lhe fiz um sinal,
não sei se V. Ex.ª verificou.
O
que ocorre agora, neste momento, Vereador, é que essa estratégia utilizada, eu
quero usar os princípios gerais do Direito, ela vicia o processo eleitoral de
forma indelével. Porque ficou visto, foi entregue um bloco no dia de ontem,
hoje, foi entregue outro bloco, e verificando que perderiam com aquele bloco,
já encetado o processo, conforme a agenda que V. Ex.ª mesmo determina, de
ofício, que a Diretoria Legislativa encaminhe, verificando a derrota de bloco,
retiram e colocam outro. Isso vicia. E é um processo que não terminaria nunca.
Por isso eu quero que V. Ex.ª considere essas palavras, é uma situação nova, mas
é um vício do processo no sentido de que o vicia de morte a partir do momento
que verificado que a chapa não venceria, viciando o processo eleitoral, retiram
- uma estratégia que é absolutamente nula, porque ela torna de morte, letra
fria, todo o processo eleitoral. V. Ex.ª é uma advogado experiente, esteve no
Congresso Nacional, eu sei que não aceitará esse tipo de manobra que esta Casa
não merece receber. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Ver. Juarez Pinheiro, se nós levássemos
em consideração a similitude com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados,
nós não teríamos nenhum bloco no dia de hoje, porque o Regimento Interno da
Câmara dos Deputados é muito claro: a formação de bloco deve se dar até o
primeiro dia útil da Sessão Legislativa, e não mais durante o transcorrer da
Sessão Legislativa. Então, nós não podemos seguir na medida em que no dia de
ontem acolhemos a formatação de três blocos. O Regimento, em momento algum,
determina o momento final da formatação dos blocos. Conseqüentemente, esta
Presidência só pode interpretar que até o início da ordem da votação, e nós não
iniciamos - é esta exatamente a tese desta Presidência -, então os Blocos
poderão ser reapresentados, ser mudados de acordo com a vontade soberana das
Sr.ªs e Srs. Vereadores, que têm mandato para tanto. Por isso esta
Presidência acolhe a Questão de Ordem do Ver. Isaac Ainhorn, solicitando que
seja retirado o bloco e reapresentados os outros blocos.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, os integrantes do PMDB e
do PSDB, de acordo com o art. 13 do Regimento desta Casa Legislativa,
constituem como bloco partidário, para fins das Sessões Legislativas de 2003 e
2004. Este é o bloco, que passo às mãos de V. Ex.ª.
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): A pedido do Ver. Juarez Pinheiro, passo
a ler: “Os integrantes do PMDB e do PSDB, de acordo com o art. 13 do Regimento
interno deste Legislativo, constituem-se como bloco partidário para fins das
Sessões Legislativas de 2003 e 2004.” O requerimento vem assinado pelos
Vereadores e Lideranças do PMDB e do PSDB.
O
SR. ISAAC AINHORN: Sr.
Presidente, passo a ler o presente documento para a formalização de novo bloco
parlamentar. “Os Vereadores do PDT, do PFL, do PPS e do PHS, nos termos do art.
13 do Regimento desta Casa, constituem-se em bloco partidário para fins da
Legislatura correspondente aos anos 2003 e 2004. Firmam o presente os
integrantes das diversas Bancadas.” Passo-o às mãos de V. Ex.ª.
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Assim como fiz com o Requerimento
anterior, passo a ler o Requerimento apresentado pelo Ver. Isaac Ainhorn: “Os
Vereadores do PDT, do PFL, do PPS e do PHS, nos termos do art. 13 do Regimento
desta Casa, constituem-se em bloco partidário para fins da Legislatura
correspondente aos anos de 2003 e 2004. Porto Alegre, 13 de dezembro de 2002.”
O Requerimento vem assinado pelas Lideranças e pelos Vereadores do PDT, do PFL,
do PPS e do PHS.
O SR. ELÓI GUIMARÃES (Requerimento): Quero requerer a V. Ex.ª a retirada do
bloco encabeçado pelo PPB, PTB, etc.
O
SR. PRESIDENTE (José Fortunati):
Está deferido o Requerimento de V. Ex.ª.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Deferido o Requerimento por V. Ex.ª,
passo ao segundo momento. Requeiro a V. Ex.ª que receba novo bloco: do PTB, do
PC do B, do PSB e do PSL. Quero passar às mãos de V. Ex.ª, inclusive com a
chapa.
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Esta Presidência recebe e passa a ler o
Requerimento. (Lê.) “O Partido Trabalhista Brasileiro, o Partido Comunista do
Brasil, o Partido Socialista Brasileiro e o Partido Social Liberal, considerando
a disposição regimental da proporcionalidade prevista para XIII Legislatura da
Câmara Municipal, a representatividade das bancadas partidárias constituídas no
pleito municipal de 2000, a responsabilidade das bancadas partidárias
supranomeadas em participar da gestão da Câmara Municipal de Porto Alegre, a
necessidade de permanente qualificação político-administrativa da Instituição,
resolvem constituir o bloco partidário para fins de atendimento ao disposto no
art. 13 do Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre para as Sessões
Legislativas de 2003/2004. E, por estarem justos e conformes, formalizam a
constituição do bloco partidário, subscrevendo o presente termo através de suas
Lideranças: Partido Trabalhista Brasileiro, Partido Comunista do Brasil,
Partido Socialista Brasileiro, Partido Social Liberal.”
E
apresentam outro Requerimento: “Em conformidade com o Regimento, os Vereadores
do bloco PTB, PSL, PC do B e PSB indicam, para o cargo de 1º Vice-Presidente da
Mesa Diretora, o Ver. Elói Guimarães para os exercícios de 2003/2004.”
Assinados pelo Ver. Elói Guimarães, pelo Ver. Almerindo Filho, pelo Ver. Raul
Carrion e pelo Ver. Carlos Alberto Garcia.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, este Vereador não pode
ficar atrás e não vai ficar. Então, eu também estou levando a V. Ex.ª uma
comunicação.
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Requerimento apresentado pelo Líder da
Bancada do PPB, Ver. João Antonio Dib. (Lê.) “Considerando a disposição
regimental da proporcionalidade prevista para a XIII Legislatura da Câmara
Municipal; a representatividade das Bancadas partidárias constituídas no pleito
municipal de 2000; a responsabilidade da Bancada partidária supranomeada em
participar da gestão da Câmara Municipal de Porto Alegre; a necessidade de
permanente qualificação político-administrativa da Instituição, resolve
apresentar uma chapa da Bancada para fins de atendimento ao disposto no art.13
do Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre para as Sessões Legislativas
2003/2004, e subscreve o presente termo através da sua Liderança.”
Para
uma clara compreensão do Plenário, Ver. João Antonio Dib: significa este
documento que a Bancada do PPB estará isolada neste processo, não formando
blocos.
O SR. ELÓI GUIMARÃES (Requerimento): Faço um Requerimento a V. Ex.ª. Que V.
Ex.ª proclame o recebimento da chapa, que já é encaminhada e dos blocos, para
que possamos avançar.
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Ver. Elói Guimarães, solicito, com toda
a tranqüilidade, que, no mínimo, se respeite este Presidente. Este Presidente
está levando adiante os trabalhos dentro do que lhe é possível. Estamos
demandando, através dos Srs. Vereadores, questões, e esta Presidência vai
continuar atendendo, sim, as Lideranças; não deixará de ouvir ninguém desta
Casa.
O SR. SEBASTIÃO MELO (Requerimento): Sr. Presidente, proponho à Mesa que
suspenda os trabalhos por cinco minutos, porque, confesso que não entendi a
formatação dos blocos. Então, a proposta é que suspendamos por cinco minutos a
Sessão para tomarmos conhecimento da questão.
O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, estamos apresentando o
bloco do PPB, indicando para o cargo de Presidente da Mesa Diretora o Ver. João
Antonio Dib para os exercícios de 2003 e 2004. Estou-lhe entregando, portanto.
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Requerimento apresentado pelo Ver. João
Antonio Dib: “Em conformidade com o Regimento, os Vereadores do PPB indicam
para o cargo de Presidente da Mesa Diretora o Ver. João Antonio Dib para os
exercícios de 2003 e 2204.”
Vou
ler, para que não haja qualquer confusão, a pedido do Ver. Sebastião Melo, sem
suspender os trabalhos, todos os Requerimentos recebidos por esta Presidência.
Vou ler de acordo com a ordem de recebimento.
Primeiro
Requerimento: “Os integrantes do PMDB e do PSDB, de acordo com o artigo 13 do
Regimento deste Legislativo, constituem-se como bloco partidário para fins das
Sessões Legislativas de 2003 e 2004. Sala do Plenário. 13 de dezembro de 2002.”
Assinam o Requerimento Vereadores e Lideranças do PSDB e do PMDB.
Segundo
Requerimento: “Os Vereadores do PDT, do PFL, do PPS e do PHS, nos termos do
artigo 13 do Regimento desta Casa, constituem-se em Bloco partidário para fins
da Legislatura correspondente aos anos de 2003 e 2004. Porto Alegre, 13 de
dezembro de 2002.” Assinam Lideranças e Vereadores do PDT, do PFL, do PPS e do
PHS.
Terceiro
Requerimento: (Lê.) “O Partido Trabalhista Brasileiro, o Partido Comunista do
Brasil, o Partido Socialista Brasileiro e o Partido Social Liberal,
considerando a disposição regimental da proporcionalidade prevista para a XIII
Legislatura da Câmara Municipal, a representatividade das Bancadas partidárias
constituídas no pleito municipal de 2000, a responsabilidade das Bancadas
partidárias, supranomeadas, em participar da gestão da Câmara Municipal de
Porto Alegre, a necessidade permanente de qualificação político-administrativa
da Instituição, resolvem constituir bloco partidário, para fins de atendimento
ao disposto no artigo 13 do Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre para
as Sessões Legislativas de 2003 e 2004, e por estarem justos e conformes,
formalizam a constituição do bloco partidário subscrevendo o presente termo
através de suas Lideranças.” Assinam: Lideranças do Partido Trabalhista
Brasileiro, do Partido Comunista do Brasil, do Partido Socialista Brasileiro e
do Partido Social Liberal.
Outro
Requerimento: (Lê.) “Em conformidade com o Regimento da Casa, os Vereadores do
bloco PTB, PSL, PC do B, PSB indicam para o cargo de 1.º Vice-Presidente da
Mesa Diretora o Ver. Elói Guimarães, para os exercícios de 2003 e 2004.”
Assinam os Líderes das Bancadas do PTB, do PSL, do PCdoB e do PSB.
Outro
Requerimento: “Considerando a disposição regimental da proporcionalidade
prevista para a XIII Legislatura da Câmara Municipal, a representatividade das
bancadas partidárias constituídas no pleito municipal de 2000, a
responsabilidade da bancada partidária supranomeada em participar na gestão da
Câmara Municipal de Porto Alegre, a necessidade de permanente qualificação
político-administrativa da Instituição, resolve apresentar uma chapa da Bancada
para fins de atendimento ao disposto no artigo 13 do Regimento da Câmara
Municipal de Porto Alegre para as Sessões Legislativas de 2003 e 2004, e
subscreve o presente termo através da sua Liderança. Ver. João Antonio Dib, Partido
Progressista Brasileiro.”
Último
Requerimento: (Lê.) “Em conformidade com o Regimento Interno, os Vereadores do
Bloco do PPB indicam para o cargo de Presidente da Mesa Diretora o Ver. João
Antonio Dib para os exercícios de 2003 e 2004.”
O SR. MARCELO DANÉRIS (Questão de Ordem): Sr. Presidente, só para reafirmar que o
bloco PT/PL e a sua chapa apresentada permanece na Mesa, como estão desde o
início.
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): O bloco PT/ PL permanece como
inicialmente havia sido apresentado.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, pergunto se V. Ex.ª tem
condições de me responder quantos Vereadores ficam em cada bloco?
(Risos
no Plenário.)
Isso
é importante. Isso não é importante para os senhores?
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Esta Presidência, independentemente de
outras questões, vai responder, porque o processo tem que ser o mais
transparente possível.
A
Bancada do PPB estará atuando isolada com quatro Vereadores. Outro bloco, o
Partido Trabalhista Brasileiro, tem dois Vereadores, mais o Partido Comunista
do Brasil, um Vereador; o Partido Socialista Brasileiro, mais um Vereador, e o
Partido Social Liberal, mais um Vereador. Portanto, este bloco é composto de
cinco Vereadores.
Outro
bloco, PDT, PFL, PPS e PHS. O PDT tem seis Vereadores, o PFL tem um Vereador, o
PPS tem um Vereador, e o PHS um Vereador, portando, nove Vereadores constituem
este bloco.
E
o último bloco, alias, o penúltimo, porque se mantém o bloco, PT, PL com nove
mais um, dez Vereadores. Além do bloco PMDB e PSDB. O PMDB, que tem dois
Vereadores, e o PSDB, que tem três Vereadores.
Conseqüentemente
este bloco apresenta o número de cinco Vereadores.
O SR. SEBASTIÃO MELO (Requerimento): Frente às manifestações da Mesa, o
Vereador pede a retirada daquele Bloco apresentado logo atrás e vai apresentar
um novo Requerimento.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, eu acho que é um processo
que nos leva a um desgaste profundo aqui. Eu quero que V. Ex.ª consigne isso.
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Ver. Elói Guimarães, vamos deixar claro,
nós estamos seguindo o Regimento, compete às Sr.ªs Vereadoras e aos
Srs. Vereadores apresentarem e retirarem. Não compete a esta Presidência
proibir. Compete aos Srs. Vereadores e às Sr.ªs Vereadoras se
entenderem. Nós até o início da votação, do processo de votação, estaremos
acolhendo retiradas e apresentação de blocos partidários.
O SR. ISAAC AINHORN (Requerimento): Sr. Presidente, exatamente considerando a
permissibilidade regimental, e considerando os movimentos de vários Partidos,
com assento nesta Casa, nós gostaríamos de requerer a retirada deste bloco
parlamentar que apresentamos há poucos momentos a V. Ex.ª e encaminhar a
constituição de um outro bloco parlamentar constituído pelo PDT, PSDB e PFL.
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Leio o Requerimento: “Os integrantes do
PMDB, do PPS e do PHS, de acordo com o art. 13 do Regimento deste Legislativo,
constitui-se como bloco partidário para fins das Sessões Legislativas de 2003 e
2004. Sala Plenária, 13 de dezembro de 2002”, assinam os Vereadores e as
Lideranças do PMDB, do PPS e do PHS.
Leio outro Requerimento: “Os integrantes do
PDT, PSDB, PFL, de acordo com o art. 13 do Regimento da Casa, constituem-se
como bloco partidário para fins das Sessões Legislativas de 2003 e 2004.”
Assinam o Requerimento os Vereadores e as Lideranças do PDT, PFL e PSDB.
O SR. MARCELO DANÉRIS (Questão de Ordem):
Sr. Presidente, da mesma
forma como o requerido pelo Ver. Sebastião Melo, gostaria que V. Ex.ª contasse
os Vereadores em cada bloco.
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Atendendo ao pedido do Ver. Marcelo
Danéris, vamos fazer a contagem dos Vereadores nos blocos apresentados. Bloco
do PMDB, dois Vereadores; PPS, um Vereador; PHS, um Vereador; bloco com quatro
Vereadores.
Outro
bloco: PDT com seis Vereadores; PSDB com três Vereadores e PFL com um Vereador,
num total de dez Vereadores.
Todos
estão esclarecidos? Nenhuma indagação mais? Nenhuma dúvida?
O SR. SEBASTIÃO MELO (Requerimento): Sr. Presidente, devidamente registrados
os blocos perante a Mesa, o nosso bloco, então, pede registro de chapa nesse
sentido para o cargo de 1.º Secretário pelo PMDB, PPS e PHS.
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Estou recebendo Requerimento assinado
pelas Lideranças do PMDB, PPS e PHS, indicando o Ver. Sebastião Melo para o
cargo de 1.º Secretário.
O SR. ISAAC AINHORN (Requerimento): Sr. Presidente, nós estamos, em nome do
PDT, do PSDB e do PFL, indicando o Ver. Ervino Besson para concorrer ao cargo
de 2.º Secretário e o Ver. Luiz Braz para 3.º Secretário. Assinam o documento
as lideranças do PDT, do PFL e do PSDB.
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Leio o Requerimento recebido em nome do
PDT, PSDB e PFL, assinado por suas Lideranças, que indica os Vereadores Ervino
Besson, como candidato a 2.º Secretário, e Luiz Braz, como candidato a 3.º
Secretário.
Há
alguma dúvida que necessite ser elucidada? (Pausa.) Não havendo dúvidas, vamos
entrar no processo de votação.
Para
isso, faremos a verificação de quórum. Convoco o Sr. 1.º Secretário João Carlos
Nedel para que possamos fazer a chamada nominal, pois um pequeno acidente, no
início desta Sessão, acabou queimando os fusíveis do painel eletrônico.
Aproveito para solicitar
aos Srs. Vereadores e às Sr.ªs Vereadores que tenham o maior
cuidado, quando estiverem bebendo água, chá ou café nas suas Bancadas, pois
este pequeno acidente acabou, literalmente, queimando o painel eletrônico da
Câmara Municipal de Vereadores, o que é lastimável.
(Após
chamada nominal de quórum.) Há quórum. Passamos à
O
Ver. Nereu D’Avila solicita Licença para Tratar de Interesses Particulares no
dia de hoje, 13 de dezembro de 2002.
(Obs.:
Foi aprovado o Requerimento de licença do Ver. Nereu D’Avila, e dada posse ao
Suplente, conforme consta na Ata.)
O SR. SEBASTIÃO MELO (Questão de Ordem): Passamos toda a manhã discutindo a
formação de blocos, para respeitar a proporcionalidade. Esta foi a tese
levantada, desde o primeiro momento, nesta Sessão. Este Vereador quer saber se
as chapas apresentadas respeitam a proporcionalidade, ou não. Esta é uma
questão fundamental para que possamos adentrar no processo de votação. Se isso
não for respondido, o processo poderá estar viciado, porque diz, textualmente,
o art. 13, que tem de ser respeitada a questão do processo de
proporcionalidade.
O SR. ELÓI GUIMARÃES (Questão de Ordem): Sr. Presidente, acho que o Ver. Sebastião
Melo tem uma bola de vidro, porque eu não sei quem será eleito, se do bloco
“A”, do bloco “B” ou do bloco “C”. Como é que, a priori, eu vou estabelecer, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, se
estará ferindo ou não a proporcionalidade? Eu não sei quem vai-se eleger. Isso
não é sustentável, não tem o fato concreto, objetivo, para que em cima dele se
conteste se certo ou errado. É evidente, Sr. Presidente! Eu formulo essa
indagação e peço que indefira o Requerimento do Ver. Sebastião Melo.
O SR. JUAREZ PINHEIRO (Questão de Ordem):
Sr. Presidente, apenas
para agregar às palavras, Ver. Elói Guimarães, o fato de que a regra é dada
pelo Regimento, é da proporcionalidade. Quem achar que ela não foi respeitada
tem o Poder Judiciário depois para recorrer. Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. LUIZ BRAZ (Requerimento): Sr. Presidente, o Ver. Juarez Pinheiro
sabe muito bem que esta Casa, antes de ir para o Judiciário, tem outras
instâncias, aqui mesmo, para que possamos apelar. Então, este Vereador requer,
Sr. Presidente, se houver dúvidas com relação à proporcionalidade, se não
houver uma definição, que a Comissão de Justiça possa de alguma forma embasar a
decisão da Mesa.
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Esta Presidência vai, em primeiro lugar,
fazer um levantamento para verificar se existe alguma dúvida em relação ao
processo.
Estão
suspensos os trabalhos da presente Sessão.
(Suspendem-se
os trabalhos às 13h31min.)
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati – às 13h40min):
Estão reabertos os trabalhos. Esta Presidência irá responder às questões
levantadas pelos Vereadores Sebastião Melo e Luiz Braz. O processo de votação,
segundo o próprio Regimento, é de cargo por cargo.
Então,
na medida em que nós tivemos a apresentação das chapas pelos blocos partidários
e pelo PPB, que não é um bloco, mas que atua enquanto partido político, temos a
seguinte conformação: candidato à Presidência, um único candidato, o Ver. João
Antonio Dib; candidato a 1.º Vice-Presidente, um único candidato, o Ver. Elói
Guimarães; candidato a 2.º Vice-Presidente, único candidato, o Ver, Valdir
Caetano; candidato a 1.º Secretário, dois candidatos, o Ver. Sebastião Melo,
representando um dos blocos, e a Ver.ª Maristela Maffei, representando outro
bloco; candidato a 2.º Secretário, um único candidato, o Ver. Ervino Besson;
candidato a 3.º Secretário, um único candidato, o Ver. Luiz Braz.
Então,
é essa a conformação dos nomes que esta Presidência recebeu até o início desta
Sessão, que era o momento adequado para que essa nominata fosse apresentada.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, eu concordo com V. Ex.ª,
porém, eu quero fazer apenas uma ponderação. O processo eleitoral eletivo
conhece a figura do cociente eleitoral. Vamos pegar, por exemplo, as eleições
gerais aqui. Os partidos apresentam as nominatas à Câmara Municipal de Porto
Alegre, que tem trinta e três vagas; na forma da lei, todos os partidos
apresentam. Só vai-se aferir – veja V. Ex.ª – quantas vagas tiver o Partido,
quando concreta a eleição. Até então, é uma mera hipótese. Eu vou respeitar V.
Ex.ª, mas deixo a V. Ex.ª essa ponderação: o cociente eleitoral só se obtém
depois da eleição. E o processo eleitoral, de que todos nós participamos, é
muito claro nesse sentido. Agradeço a V. Ex.ª.
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Ver. Elói Guimarães, esta Presidência
está procurando, de todas as formas, tornar o processo o mais transparente
possível. Entendo, enquanto Parlamentar, enquanto homem público, que
participei, como V. Ex.ª, de inúmeros processos eleitorais, que é impossível
levarmos um processo até o final se as regras não estiverem claramente
delimitadas.
Esta
Presidência quer ter a segurança de que, ao levar a efeito o processo, nós
estejamos trilhando um caminho que seja o entendimento, no mínimo, da maioria,
porque é isto que, em última análise, o Parlamento deve definir. Primeiro, a
vontade do Presidente, depois, havendo recurso, obviamente, teremos que ouvir a
Comissão e, depois, o Plenário se manifesta. E se isto acontecer, naturalmente,
nós iremos seguir o Regimento, porque esta Presidência não pretende,
simplesmente, como alguns estão afirmando, dizer: “Procurem o Judiciário.” Eu,
enquanto trabalhador, ao longo do tempo - faço uma analogia – ouvi muito de
maus empregadores que diziam para os seus empregados: “Procurem os seus
direitos”, quando seus direitos estavam sendo vilipendiados. Obviamente que
esta Presidência não vai concordar com isso, nós teremos que sair daqui com
este processo, e eu desejo que o processo seja terminado da forma mais
transparente possível, e é esta condução que esta Presidência fará até o final
dos trabalhos.
O SR. JUAREZ PINHEIRO (Questão de Ordem):
Sr. Presidente, fui eu
que usei a expressão referida por V. Ex.ª. Quando V. Ex.ª fez, agora, a
intervenção, só pode estar se referindo a mim, porque nenhum outro Vereador
disse que, depois, iria ao Judiciário.
Da
mesma forma que V. Ex.ª diz isso, eu posso dizer a V. Ex.ª que, por decisão
administrativa, também o meu direito não pode ser ferido.
Mas
eu quero agregar, Sr. Presidente, ao que já lhe disse, pessoalmente, sobre a
questão da representação de cada chapa. V. Ex.ª já acolheu, sob o ponto de
vista da minha argumentação, me ouviu, mas eu quero publicizar, nós podemos ter
numa chapa um bloco que só tenha direito a uma vaga, podemos ter duas
indicações, por exemplo, para dois cargos, mas pode ocorrer do primeiro não ser
eleito. Por isso eu invoquei a V. Ex.ª o direito de que se veja, em concreto,
como disse o Ver. Elói Guimarães. Eu já tinha dito a V. Ex.ª, mas publicizo a
minha tese e agradeço.
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Ver. Juarez Pinheiro, em relação ao Poder
Judiciário, naturalmente, qualquer Vereador ou Vereadora desta Casa, ao final
do processo, terá toda a legitimidade que o nosso mandato nos outorga de
procurar o Poder Judiciário. O que eu afirmo é que vou procurar, antes de
encerrado o processo, retirar toda e qualquer dúvida deste processo. Pelo
menos, este Presidente quer terminar o processo de cabeça tranqüila, com o
dever cumprido. O Poder Judiciário poderá até reformar decisões tomadas por
esta Casa, mas, ao menos, eu quero ter a certeza e a garantia – e este é o
último processo, provavelmente, que eu presido antes do final da Legislatura,
que se encerra no dia 31 de dezembro, a não ser que tenhamos convocações
extraordinárias até lá – de encerrar o processo, no mínimo, com a tranqüilidade
do dever cumprido.
O SR. JUAREZ PINHEIRO: Muito obrigado.
O SR. LUIZ BRAZ (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu acho que fica bem
claro que nós temos duas propostas para que esta votação seja feita. Uma delas,
que acode o princípio da proporcionalidade, dizendo que um dos lados deve ter
direito a quatro lugares na Mesa de seis lugares. E uma outra tese que defende
que pela proporcionalidade, já que a soma dos aliados de um bloco resultam
quatorze, nós devemos, proporcionalmente, de acordo com a matemática, termos
direitos iguais na Mesa e também nas Comissões. Eu penso que essas teses estão
colocadas para V. Ex.ª, e quando V. Ex.ª decidir, caberá a qualquer um dos
lados que se sentir prejudicado recorrer à Comissão de Justiça. E eu acredito
que esse processo é aquele processo que é comum aqui dentro da Casa e que eu
acredito que vai acabar, inevitavelmente, desaguando até lá, porque, afinal de
contas, eu não vejo uma possibilidade, pelas discussões feitas até agora, de
chegarmos em um acordo global nesta Casa.
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Ver. Luiz Braz, esta Presidência fez o
levantamento, na suspensão dos trabalhos, das chapas apresentadas, e confirmou
que o único cargo em disputa, em que há dois 2 pretendentes, é a 1ª Secretaria.
Mais do que isso, quero avançar um pouco mais, esta Presidência teve a
preocupação de realizar os cálculos efetivos, para que a proporcionalidade,
segundo a compreensão da Presidência, possa ser observada na formatação da
chapa. E percebe que o processo só poderá ter um complicador, ou interpretações
diferenciadas, quando nós ingressarmos na votação da 1ª Secretaria. Até lá,
este Presidente não vê qualquer problema, qualquer óbice, e por isso vai
colocar em votação os nomes, cargo a cargo, até chegarmos à 1ª Secretaria.
Em
votação nominal o cargo de Presidente da Mesa Diretora para o exercício
2003/2004, tendo como candidato o Ver. João Antonio Dib. (Pausa.) (Após a
votação nominal.) APROVADO por 19
votos SIM, 12 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES.
Em
votação o cargo de 1.º Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre,
tendo como candidato o Ver. Elói Guimarães. (Pausa.) (Após chamada nominal.) APROVADO por 19 votos SIM, 12 votos NÃO, 02 ABSTENÇÕES.
Está
eleito o Ver. Elói Guimarães para o cargo de 1.º Vice-Presidente da Câmara
Municipal de Vereadores.
Em
votação nominal o cargo de 2.º Vice-Presidente da Câmara Municipal de
Vereadores. O único candidato apresentado é o Ver. Valdir Caetano. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) 19 votos SIM,
14 votos NÃO. Está eleito o Ver.
Valdir Caetano para a 2ª Vice-Presidência.
Para
a 1.ª Secretaria temos dois candidatos: o Ver. Sebastião Melo e a Ver.ª Maria
Celeste.
O SR. SEBASTIÃO MELO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, o Partido do Ver. João
Antonio Dib, com quatro Vereadores, elegeu a Presidência da Casa. O nosso
bloco, PMDB junto com o PHS e o PPS forma quatro Vereadores e, portanto, requer
que seja respeitada a proporcionalidade, e portanto, quer ouvir da Presidência
qual o encaminhamento que deseja dar relativamente a esta matéria. Entendemos
que o nosso bloco não pode ficar sem representação na Mesa Diretora.
O SR. JUAREZ PINHEIRO (Questão de Ordem):
Sr. Presidente, duas
questões bem objetivas. Em primeiro lugar, mantemos a nossa posição de que a
questão da proporcionalidade só deve ser vista depois de verificada a votação;
em segundo lugar, a Ver.ª Maria Celeste faz parte do bloco que compõem o PT e o
PL. Esse bloco possui nove mais um Vereador do PL, dez, tem direito a duas
vagas; fazendo-se a divisão de trinta e três Vereadores por seis vagas, a cada
cinco vírgula cinco Vereadores corresponde uma vaga na Mesa; nós preenchemos
uma com o Ver. Valdir Caetano; temos o quociente de um vírgula oitenta e um. Já
o PMDB, que formou bloco com quatro membros, fazendo-se a divisão, trinta e
três por seis, dá cinco vírgula cinco e dividindo quatro por cinco vírgula
cinco, fica com quociente de zero vírgula setenta e dois. Portanto, nesse
sentido, não há nenhum problema o bloco do PT com o PL, de acordo com o que
sempre foi feito nesta Casa. Para compor as Comissões e a Mesa possui o direito
a duas vagas, ou seja, um vírgula oitenta e um contra zero vírgula setena e
dois. Obrigado, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Ver. Sebastião Melo, Ver. Juarez
Pinheiro, fiz os cálculos, tive essa preocupação de fazer os cálculos antes de
iniciarmos o trabalho de votação exatamente porque percebia que teríamos uma
contrariedade, no mínimo, na 1ª. Secretaria. Os cálculos são muito claros. Pelo
princípio matemático da proporcionalidade, não estou entrando no princípio da
legislação eleitoral, mas no princípio matemático, o PMDB, PPS e PHS, com
quatro Vereadores, têm 0,72.
O
PPB, de João Antonio Dib, quatro Vereadores, 0,72.
O
PDT, PSDB, PFL, com dez Vereadores, 1,818181.
O
PTB, PSL, PC do B, PSB, com cinco Vereadores, 0,909090.
O
PT/PL, com dez Vereadores, 1,818181.
O
que isso significa? Na verdade, não dirimida a dúvida com relação à 1ª
Secretaria, teremos, obrigatoriamente, um conflito em seguida. Esta Presidência
não vai decidir a matéria, e vai encaminhar para a Comissão de Justiça, para
que a Comissão defina exatamente qual a proporcionalidade a ser adotada, para
que possamos continuar com o processo.
Vamos
suspender os trabalhos até que a Comissão de Justiça se reúna sob a Presidência
do Ver. Elói Guimarães.
(Suspendem-se
os trabalhos às 14h10min.)
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati – às
15h35min): Estão
reabertos os trabalhos.
Retomaremos
os trabalhos às 16h30min. Estão suspensos os trabalhos da presente Sessão.
(Suspendem-se
os trabalhos às 15h36min.)
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati – às
18h28min): Estão
reabertos os trabalhos da presente Sessão.
O
Ver. Elói Guimarães, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, está com
a palavra.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. A
consulta, Sr. Presidente, solicitada por V. Ex.ª foi objeto de Parecer na
Comissão de Constituição e Justiça. O Relator – como de praxe na Comissão – é
feito por sorteio e no sorteio correspondeu a este Vereador dar o Parecer.
Nós
fizemos o Parecer. Reunimos a Comissão e, lido o Parecer, foi pedido vista do
Parecer. O Ver. Luiz Braz pede vista do Parecer. Nesse sentido, nós, de pronto,
deferimos o pedido de vista. E tratando da natureza dessa matéria, demos vista
por duas horas.
O
que eu quero comunicar a V. Ex.ª é que demos vista do Parecer para o Ver. Luiz
Braz e convocamos reunião da Comissão de Constituição e Justiça para as
10h30min de segunda-feira, para votarmos o Parecer. Esta é a informação que
passo a V.Ex.ª.
O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Agradeço as informações prestadas pelo
Presidente da Comissão de Constituição e Justiça Ver. Elói Guimarães. E frente
ao disposto no art. 14 do nosso Regimento, § 1º: “Não sendo possível, por
qualquer motivo, efetivar-se a eleição da Mesa na primeira Sessão para este fim
convocada, o Presidente convocará a Câmara para o dia seguinte e, se
necessário, para os dias subseqüentes até a plena consecução desse objetivo.”
Dessa forma, face ao fato de a Comissão de Constituição se reunir na
segunda-feira pela manhã, às 10h30min, este Presidente convoca nova Sessão
Extraordinária, com o objetivo de continuarmos com a eleição da Mesa Diretora,
para segunda-feira às 14h.
Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 18h31min.)
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